Em entrevista ao Estúdio I na tarde desta quarta-feira (10), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse que “não tem medo” do julgamento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre a gestão na operação Lava Jato.
“Não tenho medo, eu fui juiz da operação Lava Jato, a gente desmontou o maior esquema de corrupção da história desse país”, disse Moro.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, marcou para a próxima terça-feira (16) o julgamento do relatório final da correição feita pelo CNJ na Operação Lava Jato, anteriormente comandada por Moro.
Barroso, que acumula a presidência do CNJ, aguardou a conclusão do julgamento no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) que analisou possível abuso de poder econômico na campanha que elegeu Moro ao Senado. Por 5 votos a 2, a corte eleitoral livrou o senador da cassação.
Questionado porque procurou o ministro Gilmar Mendes – crítico público da operação Lava Jato – antes do julgamento, o senador disse que não foi “pedir nada” e sim “estabelecer diálogo”.
“Nós conversamos, foi uma conversa acalorada, não vou entrar em detalhes, mas tudo que o ministro me falou teve suas respostas. A ideia é a gente olhar para frente”.
Moro diz que presidência do TSE é irrelevante para seu julgamento
Alexandre de Moraes, hoje presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será substituído em junho por Carmen Lúcia. Questionado se a defesa de Moro tem como estratégia aguardar a troca, ele negou.
?Para mim é indiferente. A estratégia da nossa defesa nunca foi retardar o processo”.
TRE-PR decidiu não cassar mandato do senador
Nesta terça (9), por cinco votos a dois, os desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiram contra a cassação do mandato do senador Sergio Moro, em Curitiba.
As duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que pediam a cassação do mandato de Sergio Moro argumentavam que durante a pré-campanha de Moro para a Presidência da República ele cometeu abuso de poder político indevido dos meios de comunicação e obteve vantagem indevida em relação aos outros candidatos que disputaram a campanha ao Senado.
Fonte G1 Brasília