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Em 2012 ? na esteira de uma decisão do STF ? o Executivo sancionou a lei que reserva 50% das vagas em instituições federais para negros, pardos, indígenas e pessoas de baixa renda. Para entender o que levou até essa política é preciso ?recuar até 1988, no centenário da Abolição?, diz Edson Cardoso, doutor em Educação pela Universidade de São Paulo. Em conversa com Natuza Nery neste episódio, Edson relembra que a defesa das cotas nasceu de uma “longa caminhada”, do movimento negro, do qual é militante histórico. Edson reforça que as cotas devem ser ?política transitória? e reforça a necessidade de ?universalizar o acesso à pré-escola e colocar recursos na escola pública, para que todos cheguem em condições iguais ao 3° grau? e haja uma mudança estrutural na sociedade. Participa também deste episódio Márcia Lima, professora do departamento de Sociologia da USP e coordenadora de pesquisa em justiça racial no Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Márcia explica como as cotas são ?essencialmente socioeconômicas? e pontua como os dados de acesso ao Ensino Superior são ?os mais exitosos de todos? em relação à diminuição das desigualdades. E conclui como a falta da realização do Censo ? suspenso por falta de verbas – impede o entendimento sobre o impacto da lei no mercado de trabalho.
O que você precisa saber:
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Tiago Aguiar, Fabiana Novello, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Gustavo Honório e Eto Osclighter. Apresentação: Natuza Nery.
Fonte G1 Brasília