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Procuradoria do Peru abre investigação por denúncia de plágio em dissertação de mestrado do presidente do país

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A Procuradoria do Peru abriu uma investigação contra o presidente do país, Pedro Castillo, e sua esposa, após a denúncia de um programa de televisão de que eles teriam plagiado sua dissertação de mestrado. Castillo nega que tenha cometido plágio.

Ministério Público afirmou, nesta quinta-feira, que “iniciou uma investigação oficiosa contra o presidente da República, Pedro Castillo Terrones, e sua esposa Lilia Paredes, pelo suposto crime de plágio agravado, falsidade genérica e oneração indevida em prejuízo ao Estado”, disse a entidade no Twitter.

A investigação ficará a cargo do procurador Juan Ramón Tantalean, de Cajamarca.

Na quarta-feira, Castillo negou que ele e sua esposa, Lilia Paredes, plagiaram a dissertação. Ele se pronunciou sobre o caso depois que a universidade abriu uma investigação interna devido à denúncia.

“Rechaço as alegações mal intencionadas sobre a veracidade da dissertação de mestrado que fiz há mais de 10 anos na Universidade César Vallejo e que com base em um software indicam que fiz uma cópia”, afirmou o presidente em nota.

De acordo com o programa dominical “Panorama”, do canal Panamericana, Castillo e sua esposa, ambos professores rurais, plagiaram 54% da dissertação que fizeram juntos em 2011.

“Não copiei, nem adjudiquei autoria de terceiros, como, de forma irresponsável, pretendem fazer a população acreditar”, disse Castillo, que sustentou que “essa denúncia é de tom político e parte de um plano desestabilizador”.

O fundador dessa universidade é César Acuña, um político de oposição. Ele também foi acusado em 2016 de plagiar uma tese para obter um doutorado na Espanha em 1997, mas o caso foi arquivado pela Justiça espanhola.

O plágio agravado é punido com até oito anos de prisão na lei peruana.

Depois de ter terem obtido os mestrados, Castillo e sua mulher passaram a receber um bônus salarial. Se a tese foi plagiada, vão considerar que esses valores foram pagos de forma indevida.

No entanto, o presidente tem imunidade e, portanto, não pode ser julgado antes de deixar o poder. Seu mandato termina em 2026.

Castillo e sua esposa obtiveram com a dissertação o grau de mestre em Educação, com menção em Psicologia Educativa.

Oposição e críticas

O presidente peruano, de 52 anos, está no poder há nove meses e enfrenta uma oposição ferrenha e críticas frequentes de líderes da direita radical, que promoveram duas moções de “vacância presidencial” (destituição) contra ele.

Os pedidos de impeachment se tornaram rotina no Peru e causaram a queda dos mandatários Pedro Pablo Kuczynski, em 2018, e Martín Vizcarra, em 2020, o que mantém o país em uma instabilidade constante.

Fonte G1 Brasília

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