Num abril de ostentação com dinheiro público, o Governo Mauro Mendes protagonizou um espetáculo de prioridades distorcidas: foram R$ 9 milhões gastos com a Páscoa e mais de R$ 4 milhões destinados à Semana do Cavalo em Cuiabá — um total de R$ 13 milhões em festas e eventos apenas em um único mês. Enquanto a população enfrenta filas por moradia, saúde e creche, o Palácio Paiaguás se dedica a distribuir chocolates e bancar festas equestres.
A ação pascoal, comandada pela primeira-dama Virgínia Mendes, foi vendida como solidariedade institucional, mas custou caro ao contribuinte. Com ares de showmício disfarçado de benevolência, a campanha estadual de distribuição de ovos de chocolate custou R$ 9 milhões, valor que ultrapassa o orçamento de programas permanentes da área social. E abril ainda teve mais: a Semana do Cavalo, evento voltado à elite do agronegócio, consumiu mais de R$ 4 milhões em estrutura, apresentações e homenagens, em uma Cuiabá que carece de investimentos até em coleta de lixo nos bairros mais pobres.
Em meio a esse cenário de gasto fácil com supérfluos, o mesmo governo alega não ter recursos para reajustar salários, ampliar o acesso à educação infantil ou garantir segurança alimentar para crianças em situação de vulnerabilidade. Com Mauro Mendes, abril não foi o mês da cidadania — foi o mês da propaganda, da festa e do cavalo premiado. E quem paga por tudo isso, como sempre, é o povo.