O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou nesta terça-feira (26) que a Justiça Eleitoral não vai tolerar a violência como arma política nas eleições ? e vai agir para combatê-la.
Fachin disse ainda que a violência eleitoral é uma espécie de violência política e que também é preciso coibir a “desinformação como prática do caos”. As declarações foram dadas em reunião com juristas no início da tarde.
?Não toleraremos violência eleitoral, subtipo da violência política. A Justiça Eleitoral não medirá esforços para agir, a fim de coibir a violência como arma política e enfrentar a desinformação como prática do caos?, afirmou.
O ministro disse ainda que ?o TSE não está só, porquanto a sociedade não tolera o negacionismo eleitoral?.
Segundo Fachin, ?o ataque às urnas eletrônicas como pretexto para se brandir cólera não induzirá o país a erro. Há 90 anos, criamos a Justiça Eleitoral para que ela conduzisse eleições íntegras e o Brasil confia na sua Justiça?.
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O presidente do TSE reafirmou que a Corte terá atuação rigorosa. ?Amarrada à Constituição e à institucionalidade, qual ‘Ulisses’ de Homero, a Justiça Eleitoral não se fascina pelo canto das sereias do autoritarismo, não se abala às ameaças e intimidações?.
O ministro reforçou que o TSE prepara ?eleições pacíficas? e citou que ?a agressão às urnas eletrônicas é um ataque ao voto dos mais pobres?.
Ele disse ainda que o ?quadro normativo para as eleições está estabilizado no prazo da lei. As instituições devem cumprir suas missões constitucionais?.
?O calendário eleitoral está em dia. A regra está dada. O TSE não se omitirá. A Justiça Eleitoral de todo o país não cruzará os braços?, declarou.
Grupo contra violência
Na semana passada, o TSE criou um grupo de trabalho para combater a violência política nas eleições deste ano. O tribunal argumentou que tomou a medida após verificar relatos de agressão a cidadãos por motivação política e atentados contra a liberdade de imprensa.
O TSE citou a morte do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, assassinado a tiros por um militante bolsonarista. Também motivaram a criação do grupo, segundo o TSE, denúncias feitas pela Câmara e Senado sobre ataques a autoridades, à liberdade de imprensa e às urnas eletrônicas.
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Fonte G1 Brasília