Aliados na oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos do Val (Podemos-ES) protagonizaram um bate-boca logo na abertura dos trabalhos da CPI dos Atos Golpistas, nesta quinta-feira (25), antes mesmo da eleição de quem comandará a comissão.
Girão usava o microfone para reclamar que o governo Lula estaria “dominando” a comissão proposta inicialmente pela oposição. Mas foi interrompido por Do Val, que começou a gritar fora do microfone: “Então, não compactue com isso. Não compactue com isso”, repetiu.
A interrupção foi repreendida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA) ? que, por ser o parlamentar mais velho dentre os indicados, tem a missão de comandar a primeira sessão da CPI. Alencar já tinha desempenhado, inclusive, o mesmo papel na CPI da Covid no Senado, em 2021.
Sentado à primeira fila da comissão, no entanto, Marcos do Val continuou rebatendo Girão e Alencar fora do microfone ? o que levou governistas e oposicionistas a também se manifestarem, dando início ao tumulto.
Em dado momento, o próprio Otto Alencar se irritou e repreendeu Do Val, dizendo que a comissão “não era uma delegacia de polícia”. O senador do Espírito Santo se apresenta como “ex-instrutor da SWAT”.
“Vossa Excelência está sendo antiético, interrompendo seu colega. Eu sei da sua procedência da polícia, mas aqui é Senado, não é delegacia de polícia. Vossa Excelência se mantenha calado. Aqui é Senado Federal, se comporte como senador”, disse Alencar.
Na presidência provisória da CPI, Otto Alencar lembrou ainda aos senadores que a sessão desta quinta era “preparatória”, voltada a eleger presidente, vice e relator da comissão. E que, por isso, não aceitaria debates sobre os atos golpistas em si, que serão tratados nas próximas reuniões.
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Fonte G1 Brasília