O governador Mauro Mendes (União), avaliou o distanciamento do senador Carlos Fávaro (PSD) de sua base aliada e falou sobre a possibilidade do socialdemocrata de entrar na disputa ao Governo pela oposição. Segundo o chefe do Executivo, ele tem evitado a falar sobre o assunto por prudência, mas enfatizou que Fávaro só ocupa a vaga no Senado porque teve o apoio dele.
“Eu tenho evitado falar sobre isso, até porque é muito ruim falar sobre algo que ainda é uma possibilidade […] Mas nós fizemos uma série de movimentos para conseguir fazer ele chegar nesse cargo que ele está hoje, ele fez as escolhas dele e respeito. Mas tenho evitado falar por prudência e para não cometer nenhuma injustiça”, disse o governador em entrevista à Rádio CBN, nesta quarta-feira (20).
Segundo Mendes, sem a ajuda dele, Fávaro não conseguiria ocupar a vaga deixada pela juíza Selma Arruda (Podemos) quando teve seu mandato cassado em 2020.
“Muita gente sabe que eu sempre procurei ajudar o Fávaro para ele ser senador, quando ele estava em 8° lugar nas pesquisas de intenções de voto em 2018, eu nunca larguei dele, sempre incentivei, e puxei ele para o meu lado e ele conseguiu chegar em 3° lugar. Quando a senadora Selma Arruda foi cassada, ele quem assumiu, fizemos diversas movimentações no Ministério Público e quem diria que um senador que estava em 3° lugar iria conseguir ocupar a vaga?”, enfatizou.
Fávaro assumiu uma cadeira no Senado no dia 17 de abril de 2022, após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) utilizar como base a liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli, que determinava que, na hipótese de eventual vacância da chapa da senadora eleita, por causa da cassação do mandato pela Justiça Eleitoral, seja dada posse interina ao legítimo substituto até que seja empossado um novo eleito no pleito suplementar.
Conforme a decisão de Toffoli, o substituto deve ser o candidato mais bem votado na eleição de 2018. Carlos Fávaro foi o terceiro mais votado e, por isso, o pedido foi aceito pela Justiça Eleitoral.
Geraldo de Souza Macedo e José Esteves de Lacerda Filho, candidatos suplentes na eleição de 2018, também fizeram o requerimento para o cargo, mas não foram aceitos por não estarem incluídos na decisão liminar do ministro.
Fonte: Isso É Notícia